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terça-feira, 17 de abril de 2007

Sombras de um bosque.

Afasto-me para as sombras
Fujo deste calor fulminante
Se entro no bosque é para me perder
Preciso sentar sozinho
Junto às aranhas e insetos
Junto aos restos podres das folhas ao chão
Nesta umidade, nestas sombras, descanso
Deixo-me discursar às ervas e musgos
Palavras impronunciáveis, discurso maldito
Aqui sozinho não sou alimento de ninguém
Não me escutam baratas nem aranhas
Não ecoam meus gritos
Aqui aprendo a me calar, escutar o silêncio
É um lugar triste, sei bem
Nem sempre venho a esse tronco
Nessa sombra, nesse bosque
Mas ainda preciso vir, gritar
Enquanto ouço gritos
Bardo.

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