(1987) Élio Camalle no Sindicato dos Bancários com sua banda "Salada Mista" ao lado do presidente "Lula", quando ainda era deputado federal e se disfarçava de ex-sindicalista. O Presidente curte uma Salada mista até hoje.
Muitos pensam ser o ser humano como algo a princípio “bom”. Que tende ao “mal” pelas circunstâncias, situações, enfim.
Não acho que isso possa ser comprovado ou percebido, a não ser para quem se fundamenta numa fé religiosa ou “sobrenatural”.
O ser humano apenas "repetem" a violência, e é também preciso citar a beleza, encontradas na "natureza".
Como macacos que em grupo matam através de espancamento outro macaco da mesma ou de outra espécie sem razão alimentícia ou outra qualquer que não seja “maldade”. Como leões que matam filhotes para cruzar com a fêmea. Como tubarões que "brincam" com as focas antes de comê-las. E podemos buscar inúmeros outros exemplos “naturais” do gênero “meu deus”.
Fato é que sendo supostamente racionais inventamos uma “sociedade civilizada”, o "certo", a "bondade". Mas se formos deixados à "deriva", podemos resultar nesses absurdos, apenas por "querer".
Acredito que a evolução para uma sociedade, por opção, "boa" e ética (vamos deixar a moral de lado) é utópica. Dependeria de aprendermos não somente a pensar, mas perceber que, podemos ir além. Além de instintos animais que estão em nossa biologia, como ciúmes, posse, "honra", vingança, domínio, poder, posição social, etc. Simplesmente porque "queremos", por opção, viver em "paz".
Como é uma utopia, infelizmente precisamos, através da "punição" (limites). Coibir quem "não quer" essa "opção". A educação e concientização são positivas e ajudam. Mas nunca, nunca mesmo, conseguirão, e nada consegue um resultado absoluto, fazer todos optarem pela "sociedade civilizada" que, em tese, desejamos. Simplesmente porque " alguns não 'querem' ". E é possível citar também inúmeros exemplos de pessoas com educação familiar "boa", com educação formal "boa", com condições "boas" e simplesmente "querem" ser "maus".
Não acho ser essa “violência gratuíta” tanto citada, algo contemporâneo. É algo que podemos observar em toda a história humana. Então não “chegamos” (pioramos) a esse estado. Na verdade lenta e gradualmente “evoluímos” (melhoramos). E isso é indiscutível apenas em citar que há pouco mais de 100 anos escravizávamos e chicoteávamos seres humanos como nós apenas por terem uma “cor” diferente. E foi algo institucionalizado, não pontual.
A “saída”? Não há saída. Resta-nos “lutar” contra isso, individualmente, educando nossos filhos, insistindo (concientizando) amigos e próximos a nós. Socialmente corrigindo distorções e criando “mínimas” condições ao indivíduo e infelizmente, aos que fogem ao que “queremos” (“paz”) punir e “excluir” de nossa “sociedade civilizada”.
Ricardo Palanick
